sábado, 26 de fevereiro de 2011

Tentando Calar o Povo: Celular é prioridade do confisco sobre refugiados da Líbia

 As forças de segurança e as milícias paramilitares líbias consideram indesejáveis e perigosos os telefones celulares usados por milhares de refugiados que fogem da violência desencadeada na Líbia, tomando caminho rumo à fronteira com a Tunísia.
Cada vez que um jornalista conversa com um refugiado egípcio, tunisiano ou de qualquer outra nacionalidade (embora estas duas sejam as majoritárias) que atravessa a passagem fronteiriça de Ras el Jedir, ele se encontra com uma diversidade de histórias sobre como está a situação no país vizinho, umas mais truculentas, outras mais amenas. Mas o que é uma constante entre tantos testemunhos é o fato de que policiais e milícias líbias à paisana têm especial interesse em confiscar os telefones celulares dos refugiados.
E o motivo disso não é a mera apreensão dos aparelhos, mas a perseguição aos registros do que está acontecendo na Líbia, tal como relatam os refugiados à Agência Efe. Segundo eles, as forças de segurança não querem que sejam divulgados dados sobre a situação no país, onde o regime político do coronel Muammar Kadafi está ameaçado de ruir, após quase 42 anos no poder.
Venham de onde venham e contem o que contem os refugiados, a história do roubo do celular ("confisco", como chamam oficialmente) aparece em todos os relatos dos refugiados, que, privados do aparelho, têm muito mais dificuldades de se comunicarem com familiares em seus países de origem.


Fonte e texto original em  http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI4964076-EI17594,00-Celular+e+prioridade+do+confisco+sobre+refugiados+da+Libia.html

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